terça-feira, 17 de julho de 2012

Vida econômica da cidade cresce


Há mais de 35 mil empregos diretos e conta com ajuda de 13 cidades vizinhas para manter boa economia

O setor responsável por 22% dos empregos formais de Jundiaí, segundo dados da ACE (Associação Comercial  Empresarial) de Jundiaí, conta com ajuda de 13 cidades vizinhas para ser um dos principais motores da economia local.

Pessoas de  Várzea Paulista, Campo Limpo, Itatiba, Itupeva, Louveira, Franco da Rocha, Jarinú, Caieiras, Cabreúva, Vinhedo, Francisco Morato, Cajamar e Valinhos são consumidores ativos da cidade. “Tudo que eu preciso comprar  venho para Jundiaí. Tem mais opção e preços melhores”, diz o soldador José Cassiano de Souza, 50 anos, morador de Várzea . Despesas que vão desde vestuário até eletrodomésticos são feitas no comércio do Centro daqui. “Para mim é muito mais fácil e barato vir a Jundiaí do que a São Paulo ou Campinas ou comprar em Várzea”.

Ricardo Diniz, presidente da ACE, afirma que a cidade é polo de referência da região pela diversidade de empreendimentos e qualidade nos serviços. “Os comerciantes conseguiram chegar a nível do que era oferecido em São Paulo e Campinas, cidades pra onde o pessoal migrava para consumir  e isso também chama quem é de fora”.

Edison Maltoni, presidente do Sincomércio ( Sindicato do Comércio Varejista de Jundiaí) tem a mesma opinião, além disso, ele ressalta o fato de Jundiaí ser  o município que as cidades vizinhas buscam emprego.

Com a chegada do Jundiaí Shopping, que será inaugurado no dia 3 de outubro, pelo menos 3,5 mil postos de empregos devem ser gerados. Porém, Maltoni faz ressalva à chegada desses novos pontos. Além do Jundiaí Shopping, outro centro comercial deve ser erguido na área da antiga Duratex. “É preciso pensar nos impactos desde trânsito até empregos. O comércio de rua chega a perder funcionários para os shoppings que depois pedem para voltar, porque apesar de ganhar mais, trabalha-se mais”, afirma.

Já Diniz enxerga os shoppings como oportunidades de fortalecimento no comércio local. Só no Maxi Shopping, 30% do público é proveniente das 13 cidades da região citadas no começo da reportagem.  “Esse tipo de empreendimento atrai ainda mais gente para Jundiaí. Os comerciantes atentos podem investir nesse público, que além de passear no shopping vai conhecer a cidade, é uma oportunidade”.

Lojistas / Não é só consumidores que Jundiaí atrai. Pessoas residentes em outras cidades como a empresária Marily Egídio, 43 anos, escolheram a cidade para montar seu ponto comercial.

Marily é paulistana e há 12 anos tem uma loja de roupas na Vila Arens. “Eu trabalhava como designer de interiores e acabei querendo trabalhar com Moda, como já conhecia Jundiaí acabei vendo a cidade como uma boa oportunidade para abrir meu próprio negócio”, acrescenta a empreendedora.

Ela acredita que a chegada dos shoppings é a oportunidade  para os comerciantes de rua investirem da fidelização de seus clientes e oferecerem atendimento diferenciado. “Se você não se mexer para tornar sua loja um espaço agradável e com novidades, os shoppings nos engolem. É preciso sempre pensar diferente”, finaliza.

Conheça como surgiu o Dia do Comerciante
O Dia do Comerciante foi instituído pelo presidente do Senado, João Café Filho, em 26 de outubro de 1953. Uma homenagem ao comércio, comemorada no dia em que nasceu o Visconde de Cayru, título de José da Silva Lisboa. Figura histórica, o político baiano exerceu grande influência junto ao regente português Dom João 6º  para que fossem abertos os portos brasileiros ao comércio com as “nações amigas”, em 1808.

Fonte: rede bom dia - KADIJA RODRIGUES / LARISSA QUINTINO